Passageiro conta como foi dirigir ônibus sequestrado
Um dos passageiros que estava no ônibus sequestrado na noite desta terça-feira (9) no centro do Rio foi obrigado a dirigir o veículo depois que o motorista fugiu para chamar a polícia.
O analista de suporte Hélio Gomes assumiu a direção do ônibus, apesar de não ser habilitado para dirigir esse tipo de veículo.
- Fui obrigado (a dirigir), com uma arma apontada na cabeça.
Veja imagens do sequestro
Três bandidos mantiveram cerca de 20 passageiros reféns por aproximadamente uma hora em um ônibus da viação Jurema, na avenida Presidente Vargas, no centro. Seis pessoas ficaram feridas, incluindo um suspeito.
Gomes contou que entrou no ônibus na Central do Brasil, e foi até o final do veículo. Minutos depois, os criminosos anunciaram o assalto.
O motorista parou o veículo, ligou o pisca-alerta, chamando a atenção da polícia, e fugiu. Um PM tentou entrar no coletivo e um dos suspeitos fugiu, usando um dos passageiros como escudo humano.
Policiais fizeram barreiras e, quando o ônibus parou, PMs furaram os pneus com tiros e fizeram o cerco. - Um deles dizia que não queria fazer mal a ninguém. O outro falava que ia matar, ia matar, ia matar. Quando a polícia cercou o veículo, o clima ficou tenso. - Eles (criminosos) ficaram com muito medo de serem pegos e ficaram desesperados, muito nervosos. - Essa foi a hora mais tensa. Agora, restou o medo de pegar o mesmo ônibus de novo. - A gente tem que trabalhar, né? Sequestro não indica aumento de crimes em ônibus, diz Fetranspor A Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro) afirma em nota que o sequestro do ônibus foi um fato isolado, e não um indício de aumento de crime em transporte coletivo. Ainda segundo a federação, a segurança pública é uma prerrogativa do Estado, portanto não cabe às empresas de ônibus ações de combate à criminalidade. De acordo com a Fetranspor, o uso do cartão RioCard, implantado há quase dez anos, reduziu a quantidade de dinheiro a bordo, diminuindo também a ação de criminosos.
Cerca de uma hora após o início das negociações, conduzidas por policiais do Bope, os assaltantes se entregaram e os reféns foram liberados. Vítimas relataram que os criminosos ameaçaram explodir o ônibus com uma granada.
- Foi só com muita reza mesmo.
Segundo o passageiro que foi obrigado a dirigir o ônibus, a todo momento os passageiros eram ameaçados pelos criminosos.
No momento dos disparos, Gomes dirigia o ônibus. Por isso, não viu de onde vieram os tiros.
O motorista Vagner da Silva França, de 40 anos, que estava à frente do ônibus que faz a linha Praça 15-Duque de Caxias, sequestrado por bandidos na noite da última terça-feira (9) no centro do Rio de Janeiro, recebeu licença de três dias, de acordo com a Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de janeiro).
O estado de saúde de Lisa Mônica Pereira, de 46 anos, baleada no tórax durante sequestro de um ônibus, na noite de terça-feira (9), no centro do Rio de Janeiro. Ela está internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva), do Hospital Souza Aguiar. Segundo a filha da vítima, ela está precisando de doação de sangue A negativo.
As empresas apenas fornecem informações por meio de um formulário eletrônico para registro de ocorrências e disponibilizam imagens das câmeras a bordo, além dos dados do GPS, presente em todo ônibus da frota carioca.
Assista ao vídeo:
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